sexta-feira, 17 de abril de 2009

A pedidos de Marcílio, aí vai um post do "CAMISA DE VÊNUS"

http://rapidshare.com/files/131491643/333-Camisa_de_V_nus-_Correndo_o_Risco_1986_www.musicanafaxa.com.rarhttp://O grupo (Marcelo Nova, voz; Gustavo Mullen, guitarra; Karl Hummel, guitarra; Robério Santana, baixo; Aldo Machado, bateria) surgiu em Salvador em 1982, com uma pioneira proposta punk rock. Fizeram shows na capital baiana e gravaram um compacto antes de ir para o Rio de Janeiro, em 83. O LP de estréia, "Camisa de Vênus", fez sucesso com a música "Bete Morreu". Outras faixas que consagraram a banda foram "Eu Não Matei Joana D'arc" e "Simca Chambord". O grupo se desfez no final dos anos 80 e o vocalista Marcelo Nova gravou um disco com Raul Seixas. Em 1994 o Camisa de Vênus voltou a se reunir, lançando dois CDs pela Polygram.

O Camisa de Vênus grava, em um pequeno estúdio de 8 canais em Salvador, pela primeira vez um compacto, contendo duas músicas: Controle Total e Meu primo Zé.
"Eu não sabia tocar nada. Eu não sabia o que era um ré, um mi ou um lá, eu tinha uma bateria mas definitivamente não era baterista que eu queria ser. Então eu disse vou formar uma banda. O que eu vou fazer nesta banda? Eu vou escrever. Vou escrever o que vejo, o que sinto, o que penso. Eu não sabia cantar mas encontrei uma forma muito própria de me expressar. Eu não sou grande cantor, cantor é Roy Orbison, Eric Burdon... Você ouve as vozes destes homens e diz: Como é possível cantar assim!? Mas eu encontrei a minha maneira de interpretar, e é por aí que eu vou. Dei sorte pois o primeiro show que fiz foi casa lotada... Na verdade foi uma conjunção de fatores e não exatamente sorte. Eu tinha um programa de rádio em Salvador chamado "Rock Special". Comecei a tocar Clash, Sex Pistols, Plasmatics, toda aquela coisa do punk rock inglês e americano que ninguém na Bahia sabia o que era. Comecei a botar aquelas coisas na cabeça da moçada em 78,79. E em 80, formei o Camisa de Vênus. Então eu criei uma cena de rock and roll na Bahia, uma cena que não existia desde que Raulzito tinha saído de lá. A diferença que eu vejo entre o Camisa e Raulzito é que enquanto estava na Bahia ele tocava mais cover de Elvis, Beatles e o Camisa não, nós tínhamos nossas próprias letras e que normalmente contestavam a cena baiana... os baianos ficaram apavorados. Salvador ficou dividida entre os que adoravam e os que odiavam, e eu na verdade sempre gostei desta divisão, pois acho que a arte tem que ter esse sentido de contestar o que a maioria acredita. Eu não quero ser o dono da verdade, mas sem dúvida nenhuma me agrada a idéia de colocar uma interrogação na cabeça das pessoas."
Marcelo Nova
Em Janeiro 1983, o Camisa de Vênus faz show para 20.000 pessoas em Salvador, tendo gravado apenas um compacto.
Gravação do primeiro álbum do "Camisa de Vênus". Álbum este, que foi gravado e mixado numa só noite. Nossa inexperiência e ansiedade somadas a falta de tempo, geraram falhas e deslizes que penso, não invalidaram o resultado".


Camisa de Vênus
01. Passamos Por Isto
02. Metástase
03. Bete Morreu
04. Correndo Sem Parar
05. Negue
06. O Adventista
07. Dogmas Tecnofacistas
08. Homem Não Chora
09. Passatempo
10. Pronto Pro Suicidio
11. Meu Primo Zé

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Show do Iron Maiden in Recife
















Show do Kiss no Rio

O Show do Kiss na Apoteose foi.....Apoteótico!!!!

O que leva milionários quase sessentões a correr o mundo maquiados, tocando as mesmas músicas de há quase 40 anos? O amor pelo rock´n´roll. Gene Simmons (baixo) e Paul Stanley (guitarra), os únicos remanescentes originais da banda de hard rock americana Kiss, continuam lá, no palco, ainda que já com ares de cansados e com as vozes gastas. Porque sabem que são adorados mundialmente, de uma forma que o dinheiro não pode comprar.Veja imagens do show do KissE, em duas horas de apresentação, mostraram seus maiores sucessos (pouca coisa, como "Dr. love" ou "Do you love me", ficou de fora), com apenas uma música a menos do que em São Paulo, "Love gun" (muito amor, não?) e toda a pirotecnia a que se tem direito. Foram tantos os pipocos e explosões no palco, que os moradores dos morros em volta devem ter pensado até em confronto entre os rivais de Fallet e Coroa.A rotina clássica do Kiss meio que serviu de molde para quase tudo o que se fez no hard rock dos anos 1970 pra cá: as poses, os truques, os malabarismos, explosões e demais efeitos especiais formam a cartilha desse tipo de circo. E a maquiagem, emprestada do glam rock inglês, dá o toque final, meio teatrinho de horror. Nada de Secos & Molhados. O Hawkind já pintava a cara na Inglaterra no fim dos anos 60.É verdade que tinha menos gente do que no show do Radiohead, deu tipo um Robbie Williams (as arquibancadas não foram ocupadas), mas quem estava lá era realmente fã, daquele que veste a camisa (maioria esmagadora) e pinta o rosto. E de todas as idades, muitos casais e pais com filhos, uma coisa bem família. E elementos do Kiss Army, exército de garotos e garotas que se renova a cada geração.Não se sabe se por causa da rápida chuva que rolou na primeira parte do show (por duas ou tres músicas), que prejudicou até os telões em alguns momentos, mas Gene Simmons não fez o seu número de vôo durante sua parte solo, perto do final, quando usa a sua guitarra (baixo) em forma de machado e cospe sangue com ar demoníaco; bem como Paul Stanley também não deslizou na tirolesa. Mas, chuva à parte, a de papel picado durante "Rok´n´roll all nite", que encerrou a primeira parte do show (cujo som estava excelente), foi de ficar na memória, causando um efeito quase "matrix" no local.Fora isso, rolou tudo o que se pode esperar de um show do Kiss, que de satanistas não tem nada, como se dizia quando eles estiveram no Rio a primeira vez, em 1983. Estão mais para sátiros. Ou, homens de negócios, que fazem valer o preço do ingresso. E tudo acabou numa cascata de fogos em volta do sambódromo, ao som de "God gave rockn´roll to you". E o Kiss soube usá-lo.fonte: O Globo.